Um Banco na Cozinha

Nos últimos tempos só tenho falado de comida, comida... Até parece que adoro cozinhar. Nahhh! Nada disso! Mas quando preparo refeições garanto que o faço bem feito. Eu gosto de outras coisas como todos vós. Cozinhar é bom mas não é todos os dias, certo? Ultimamente até tenho dedicado algum tempo na decoração da casa. Culpa do covid!

Eu gosto de uma casa simples, ou seja, minimalista, confortável, tecnológica, agradável, bonita, bem localizada e principalmente (não sei que adjetivo usar) útil, bem aproveitada e totalmente usável. Ou seja: A sala tem que ter uma grande televisão com possibilidade de jogar, ver filmes e séries com todos os acessos para tal, um sofá super confortável, biblioteca e o resto é decoração. Os quartos só o indispensável com a tecnologia a acompanhar e tudo o que é pessoal para que cada um tenha o seu espaço privado. Para pessoas que gostam de fazer "coisas" é obrigatório um atelier. 2 wc para ninguém esperar por ninguém. O hall por incrível que pareça é muito útil. Todos os espaços são aproveitados de forma a dar-nos conforto. Não gosto de casas onde existe uma sala de jantar só para ser usada quando o rei faz anos. Cá em casa só vêm os amigos e esses comem connosco na cozinha enquanto cozinhamos, bebemos, rimos e comemos. Para isso eu tentei dar à cozinha um espaço agradável e acolhedor. Fiz este banco que uso também para beber o meu café apreciando a paisagem.

Não vou explicar ponto por ponto a construção nem os materiais em quantidades porque cada espaço é diferente. Deixo fotos e uma breve explicação. Foi totalmente feito por mim com exceção da almofada que preferi mandar fazer.

Primeiro passo: Fazer um esboço daquilo que se pretende e tirar medidas ao espaço.

Segundo passo: Comprar os materiais a gosto. Eu usei os mais baratos. Aglomerado lacado de branco para ficar a combinar com a cozinha, ferragens para reforço da estrutura, cavilhas de madeira e cola branca. Aproveitei o rodapé que estava na cozinha antiga e que foi substituída, por ser idêntico ao da nova e desta forma reaproveitei algo usado ajudando a que o meu projeto ficasse ainda mais barato. 

Terceiro passo: Mãos à obra!! Cortar as madeiras nas medidas exatas, fazer os furos e montar a estrutura. Ainda fiz uns cortes na parte de trás do banco porque aproveitei para tapar uns canos de água e esgoto que tinha anteriormente feito de uma forma mais fácil para um pequeno laboratório que criei numa das varandas. Um apoio ao meu hobby preferido.

Em conjunto com o banco fiz uma estrutura com prateleiras para guardar os livros de culinária.

Mandei fazer uma almofada rija nos tons a condizer com a cozinha. Comprei uns cestos mais baratos para arrumos mas numa outra altura irei substituir por uns melhores.

Espero que gostem da ideia e não se esqueçam que mesmo não tendo a casa de sonho o importante é sentirmo-nos bem com o nosso cantinho. Mãos à obra e por favor não vivam num espaço que nada tem a ver convosco. Há formas baratas de mudarmos a nossa casa. Pensar que fomos nós que a criamos e lhe demos alma. Ter uma casa vivida e criada por outros é o mesmo que não lhe pertencer. Mesmo tentando dar-lhe a volta, por muito esforço que se faça... Dormiram outros naquela cama, jantaram outros naquela mesa, cozinharam outras naquela cozinha, no sofá sente-se o cheiro de outras almas e os espíritos presentes naqueles móveis das avós vão se escondendo por arcas e arquinhas com histórias antigas, rodeados de santos e santinhas que permanecem invisíveis, pelos cantos, cheios de cheiros de quem foge de algo menos bom. Onde eu já ia...

Pobres ou ricos, sejam autênticos e principalmente... sintam-se em casa!

Compartilhar

Compartilhar FacebookCompartilhar Google+